O Poder de um sorriso

O PODER DE UM SORRISO

A medicina popular já recomenda: rir é o melhor remédio. Mais do que uma cura, alegria e felicidade são forma de prevenção contra diversos males.

            Ás quartas-feiras, quem passa pela Praça da Liberdade se depara com uma cena inusitada: um grupo se reúne semanalmente para... rir! Driblando o mau humor de acordar cedo, os participantes se encontram por 20 minutos e gargalham muito.

A idéia pode parecer diferente, mas as organizadoras da pratica e fundadoras do primeiro Clube da Gargalhada do Brasil Úrsula Kirchner e Mari Tereza Vieira garantem que o beneficio é excelente. É uma questão de treinamento neurofisiológico. Foram feitos estudos científicos sobre os benefícios da gargalhada na circulação e no sistema imunológico além de agir no combate á dor e ao estresse também, comenta Úrsula.

A técnica utilizada é o hasya uoga: hasya, em sânscrito, significa gargalhar. Fazendo exercícios com os sons ho ho ha ha ha, estimula-se tanto a parte física como a emocional. O ponto chave dessa prática é rir sem motivo. Muitas pessoas sentem, mas não se manifestam. Além disso, quando a pessoa está gargalhando verdadeiramente, ela não pensa, assim como na meditação, explica Mari Tereza Vieira.

È bom e faz bem

A prática semanal do Clube da Gargalhada e os estudos científicos corroboram o que no popular já era uma verdade: rir faz bem. Sua natura leve influencia diretamente o equilíbrio emocional, fundamental para se manter a saúde. A alegria estimula o organismo a sintetizar substancias químicas antidepressivas, como as serotoninas, e aumenta a síntese cerebral da endorfina, que dá a sensação de bem-estar físico e emocional e fortalece as defesas do organismo, explica Eduardo Lambert, médico e autor do livro A Terapia do Riso.

Se boas risadas tem efeitos imediatos no organismo, a pratica constante promove uma transformação. Com base nessa ação a longo prazo, a ONG Doutores da Alegria atua em hospitais visando ao bem estar de jovens pacientes. Segundo o balanço da organização realizado em 2008, 96,3% das crianças ficam mais vontade no hospital, enquanto 85,4% apresentam acedências clínicas de melhora devido á atmosfera promovida pelos médicos-palhaços.